Com número abençoado, Dentinho vira jogador de 'nível mais elevado' para Mano
Só Timão - Fonte: GloboEsporte.com
No folclore do futebol, a superstição do ex-jogador e técnico Zagallo praticamente acabou com a fama ruim do número 13. No Corinthians, até mesmo o sempre tão centrado treinador Mano Menezes tem suas ligações com a crendice popular. Depois do golaço de Dentinho, aos 39 minutos do segundo tempo, impedindo a derrota para o Independiente Medellín, em Bogotá, pela Taça Libertadores, o comandante não tem mais dúvidas sobre a força que o número 17 exerce sobre sua carreira.
Em sua primeira grande oportunidade como técnico, Mano levou o Grêmio ao sofrido acesso à Série A em 2005 ao derrotar o Náutico, na famosa Batalha dos Aflitos. Anderson, autor do gol salvador, vestia a camisa 17 quando marcou. No ano seguinte, conquistou o título gaúcho batendo o Internacional na final, gol de Pedro Júnior, mais um com a 17. Já no Timão, foi a vez de Herrera ser abençoado. Com a mesma camisa, o atacante anotou 24 gols na temporada e foi um dos destaques no retorno à elite, em 2008.
- Eu gosto tanto do Dentinho que reservei para ele uma camisa especial na minha carreira. E reservei porque o considero muito importante e capaz para fazer os gols. Ele vem confirmando esse crescimento e se tornando esse jogador de nível mais elevado porque a competição é de um nível mais elevado – afirmou.
Dentinho, aliás, se transformou em peça-chave nos últimos jogos. O jogador marcou quatro gols em quatro partidas, mas ainda não conseguiu recuperar a vaga de titular. Mano Menezes, porém, prefere usar o discurso da semana passada, quando disse que não tinha apenas 11 jogadores e contava sempre com quem ficava no banco.
- Ele (Dentinho) já é titular – despistou o comandante após o jogo em Bogotá.
O garoto foi o pivô de boatos que irritaram Mano Menezes novamente há algumas semanas. No final do ano passado, o contrato do jogador com o empresário Cláudio Guadagno acabou e ele se recusou a assinar com Carlos Leite, mesmo procurador do treinador. Coincidentemente, no mesmo período, o Timão reforçou o sistema ofensivo e o atacante acabou perdendo a vaga na equipe. O treinador nega qualquer ligação entre os fatos.
- Dizem que eu tive de engolir o Dentinho. Então, vou engolir com o maior prazer (risos) – completou Mano.
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