Luisinho "Pequeno Polegar"
Luís Trochillo, o Luisinho, nasceu em São Paulo no dia 7 de março de 1930. Era conhecido como o pequeno polegar devido à sua baixa estatura. Conquistou 21 títulos, entre eles, o Torneio Rio-São Paulo (1950, 1953 e 1954), Campeonato Paulista (1951 e 1952) e o Campeonato Paulista do 4º Centenário, em 1954. "Se vendê-lo, a torcida me mata e incendeia o Parque São Jorge". Com essa declaração,
o então presidente do Corinthians, Alfredo Ignácio Trindade, explicou a decisão de não ceder um certo ponta-esquerda do elenco ao Atlético de Madrid por 1 milhão de dólares em meados dos anos 1950. Mais do que isso, o dirigente demonstrou com todas as letras que nenhum valor, astronômico para a época, tiraria o prazer da torcida do Timão em se divertir com os espetáculos do pequeno Luisinho. Um jogador que levou a torcida dos adversários à loucura e a do Corinthians ao delírio. Tecnicamente era um atacante endiabrado, que driblava com incrível facilidade, ia ao fundo do campo com velocidade e ainda fazia gols de cabeça, subindo mais do que altos zagueiros, embora fosse baixinho e frágil fisicamente. Era ao mesmo tempo irreverente e abusado.
Chegou mesmo a driblar adversários e depois sentar na bola, para provocar a torcida. Se o rótulo já fosse utilizado naquela época, certamente teria entrado na história como o primeiro "bad boy" da história do futebol brasileiro. A torcida corinthiana deu-lhe o apelido de "O Pequeno Polegar" e simplesmente o adorava. Para muitos que o viram jogar é o maior ídolo da história do clube. Mesmo sendo uns dos principais jogadores de sua época, Luisinho não teve passagens pela seleção brasileira comparáveis ao futebol jogado no Corinthians. Tal qual Ademir da Guia, do Palmeiras, Canhoteiro, do São Paulo e Dirceu Lopes, do Cruzeiro, Luisinho ficou na lembrança dos torcedores de seu clube, mas não teve grandes oportunidades com a amarelinha. Luisinho e o ex-artilheiro Neco são únicos ex-jogadores do Corinthians a terem um busto em sua homenagem no Parque São Jorge.