Wladimir
Wladimir Rodrigues dos Santos, nasceu em São Paulo no dia 29 de agosto de 1954, considerado um dos maiores ídolos da torcida do Corinthians. Numa reportagem, ele disse: "Sou o que mais vestiu a camisa do Corinthians e tive sempre sintonia com a Nação Corintiana. No clube, aprendi o que era vida. Uma verdadeira escola. Todo garoto deveria ter a oportunidade que eu tive. Foi mágico". Começou sua carreira esportiva ainda nas equipes de base do Corinthians, tornando-se titular da equipe no ano de 1972, durante uma excursão à Europa, sob o comando do técnico Duque, firmando-se na posição no ano seguinte, já sob o comando de Yustrich. Dono absoluto da camisa 4 até 1985, quando deixou o time para jogar no Santo André, foi recordista do maior número da atuações seguidas no mesmo
time: 161 jogos sem contusões ou suspensões, de 28 de março de 1981 (Santa Cruz 2 x 0 Corinthians) a 21 de maio de 1983 (Corinthians 1 x 0 Inter de Limeira). Wladimir é o corintiano com mais jogos pelo campeonato brasileiro (268), sendo que nenhum outro jogador entrou em campo com a camisa do Corinthians tantas vezes. Ele atuou 806 vezes com a camisa do Timão. Wladimir foi convocado uma única vez para jogar pela Seleção Brasileira: foi contra a Colômbia pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 1978. O empate de 0x0 foi considerado vexatório e por conta disso, o técnico Osvaldo Brandão acabou pedindo demissão. Wladimir, que não teve culpa do resultado, acabou ficando marcado e não voltou mais a ser chamado para a Seleção.
Em 1978, por exemplo, Cláudio Coutinho preferiu improvisar o zagueiro Edinho como lateral-esquerdo, deixando de lado um Wladimir em excelente forma. Em 1982, Wladimir foi um dos líderes da Democracia Corintiana, ao lado dos ídolos Sócrates e Casagrande. O movimento, que permitia que os jogadores participassem de todas as decisões técnicas (por exemplo, os jogadores votavam se queriam ir para a concentração ou não), causou muita controvérsia, mesmo com o time conseguindo ser campeão paulista daquele ano. A primeira vez que enfrentou seu ex-clube foi no Campeonato Paulista de 1987: foi aplaudido pela torcida corintiana, jogou bem, e o Santo André ganhou por 3 a 1. É considerado, pela maioria dos especialistas em futebol, como o melhor lateral-esquerdo da História do Corinthians. Em 1998 foi eleito, pela Federação Paulista de Futebol, para a seleção de todos-os-tempos do Campeonato Paulista, ao lado de grandes nomes como Pelé, Rivellino, Ademir da Guia e outros.